No geral, não ocorreram alterações negativas quanto ao valor dos imóveis, tendo sucedido as principais mudanças na interação com o cliente e nas características dos imóveis mais procurados. Como em todos os sectores pertencentes à nossa economia, o imobiliário vive com algumas incertezas, mas mantém a confiança e considera todas as transformações necessárias para o negócio prosperar. Se antes existiam algumas dúvidas sobre a utilização das ferramentas digitais nas agências imobiliárias, hoje é perentório a sua utilização.
Observou-se, no primeiro trimestre de 2020, um aumento de 10,3% no valor das casas vendidas em Portugal, do que o período homólogo. Já nos primeiros seis meses, verificou-se um aumento de 5% dos valores das moradias e 1,12% dos apartamentos. Um considerável abrandamento na segunda quinzena de março e no mês de abril, período em que foram impostas as restrições do estado de emergência em Portugal, inquietou o sector, mas pouco a pouco os negócios foram estabilizando. No mês de março registou-se uma redução dos valores totais de 3,3%, face ao mesmo mês do ano de 2019.
O distrito de Lisboa continua na liderança dos distritos mais caros do país, com o valor de 3,549 € por m2, seguido pelo distrito de Faro com o valor de 2,270 € por m2 e o do Porto com 2,143 € por m2. Lagos foi o único concelho do distrito de Faro em que se verificou uma descida nos valores das casas de 0,18%.
Os imóveis já existentes, ou seja, em segunda mão, foram aqueles onde o preço aumentou, tendo atingido os 5,4 mil milhões de vendas. Já as habitações novas tiveram um valor mais baixo de 1,4 mil milhões. Esta tendência contrariou os valores de 2019, sendo que, nesse mesmo ano, os valores mais altos penderam para as habitações novas. Podendo ser isso verificado nas percentagens apresentadas pelo INE, de 15,7% para as habitações novas e 9,1% para as habitações em segunda mão.
Nos arrendamentos ocorreram os valores mais baixos nos últimos seis meses, em consequência do aumento da oferta, nos distritos de Lisboa, Porto e Faro. Esta quebra deveu-se ao abalo económico nos arrendamentos a curto prazo. Estas ocorrências foram mais significativas no distrito do Porto, seguido de Lisboa e a menos percetível foi no distrito de Faro.